Você sabia que a alimentação na gravidez passa a ser ainda mais importante? Afinal, o que você come não afeta só o seu corpo, mas também o desenvolvimento do bebê.
É normal ficar cheia de dúvidas. Será que posso comer isso? Será que aquele alimento faz mal para mim? O que realmente vai me ajudar a me sentir melhor nessa fase?
Foi pensando nessas perguntas que preparei este blog para conversar com você sobre os principais cuidados com a alimentação durante a gestação e também sobre os alimentos que podem trazer mais bem-estar nesse período.
Que alimentos devo evitar na gravidez?
Na gestação, alguns alimentos precisam realmente ficar de fora do cardápio, já que podem trazer riscos para a sua saúde e para o bebê.
Não é sobre deixar de comer tudo o que gosta, mas sim evitar aquilo que pode causar intoxicação ou atrapalhar o desenvolvimento.
Alguns exemplos importantes são:
- Carnes cruas ou mal passadas;
- Ovos crus e preparações que os contenham, como maionese caseira;
- Peixes e frutos-do-mar crus;
- Leite e derivados que não sejam pasteurizados;
- Embutidos como presunto, salame e peito de peru;
- Cafeína em excesso;
- Bebidas alcoólicas.
Ao cortar ou reduzir esses alimentos, você diminui bastante as chances de infecções alimentares e de complicações que poderiam ser evitadas.
E se bater aquela dúvida sobre algum prato específico, sempre vale confirmar com o médico que acompanha a gestação.
Como ter uma alimentação saudável na gravidez?
Cuidar da alimentação durante a gravidez não significa seguir uma dieta rígida, mas sim escolher bem os alimentos que vão trazer energia, nutrientes e bem-estar para você e para o bebê.
A base é simples, dar preferência a comidas frescas, variadas e pouco processadas.
Alguns exemplos que podem estar presentes no dia a dia são:
- Frutas;
- Legumes;
- Verduras;
- Proteínas magras como frango e peixe;
- Grãos integrais;
- Boas fontes de gordura como azeite e oleaginosas.
Também vale conhecer os nutrientes que mais ajudam nessa fase e os alimentos que são boas fontes deles:
- Proteínas: frango, peixe, carne bovina magra, ovos, peru e tofu;
- Vitamina A: cenoura, abóbora, manga, brócolis e pimentão amarelo;
- Vitamina B12: ovos, leite, iogurte e alimentos fortificados;
- Ômega 3: óleo e semente de linhaça, abacate, azeite de oliva, nozes e chia;
- Cálcio: leite, derivados, vegetais de folhas escuras e gergelim;
- Zinco: feijões, castanha-do-pará, amendoim e castanha-de-caju;
- Ferro: feijão, grão-de-bico, lentilha, vegetais de folhas verdes e ovos;
- Ácido fólico: espinafre, couve, brócolis, aspargos e tomate.
Esses nutrientes são aliados da sua saúde e do desenvolvimento do bebê.
Para deixar tudo mais prático, preparei um cardápio que pode servir de inspiração para o dia a dia.
Não é uma regra, mas uma sugestão de combinações equilibradas para variar ao longo da semana.
Sugestão de cardápio
| Refeições | Dia 1 | Dia 2 | Dia 3 |
| Café da manhã | 1 fatia de pão integral com queijo cottage + 1 ovo mexido + 1 copo de suco de melancia | 1 tapioca com frango desfiado + 1 fatia de mamão | 1 iogurte natural com granola sem açúcar + 1 banana |
| Lanche da manhã | 1 punhado de castanhas + 1 tangerina | 1 fatia de abacaxi + 1 colher de sopa de chia | 1 vitamina de morango com leite desnatado |
| Almoço | 120 g de peito de frango grelhado + purê de abóbora + salada de rúcula e tomate temperada com azeite de oliva | 120 g de peixe assado + arroz integral + salada de beterraba e cenoura + 1 fatia de manga | 100 g de carne bovina magra + batata-doce assada + salada de couve refogada |
| Lanche da tarde | 1 torrada integral com pasta de ricota + 1 copo de suco natural | 1 iogurte natural com linhaça | 1 fatia de melancia + 1 punhado de nozes |
| Jantar | 1 omelete de espinafre + salada de alface + 1 fatia de melão | 1 sopa de legumes com frango desfiado | 1 panqueca integral recheada com ricota e espinafre |
| Ceia | 1 maçã assada com canela | 1 copo de leite morno | 1 pera |
Falando em alimentação na gravidez, um dos nutrientes mais importantes é o ferro. No blog “Quando é necessário suplementar ferro para bebê?” você vai entender em que situações essa suplementação pode ser indicada e como ela faz diferença para a saúde do pequeno.
Como saber se estou com intoxicação alimentar na gravidez?
Durante a gestação, o corpo fica mais sensível e qualquer sinal de intoxicação alimentar precisa de atenção redobrada.
Os sintomas podem aparecer de forma leve, mas também podem evoluir rápido e trazer riscos para você e para o bebê.
Os sinais mais comuns são:
- Náuseas mais intensas do que o normal;
- Vômitos repetidos;
- Diarreia;
- Dor abdominal forte;
- Febre;
- Fraqueza ou tontura.
Se perceber esses sintomas, o ideal é procurar o médico imediatamente. Ele vai avaliar a gravidade do caso e indicar o tratamento adequado, que pode incluir reposição de líquidos para evitar a desidratação.
O mais importante é não se automedicar. Alguns remédios não são seguros na gravidez.
Existem alimentos que diminuem o inchaço na gravidez?
Ah, o inchaço… esse ninguém merece, não é mesmo? Ele aparece principalmente nas pernas, pés e mãos e faz parte das mudanças do corpo na gravidez.
A boa notícia é que dá para aliviar esse desconforto com alguns cuidados simples na alimentação.
- Frutas ricas em água, como melancia, melão e abacaxi;
- Vegetais como pepino e alface;
- Chás permitidos na gravidez, como o de camomila (sempre com moderação e orientação médica);
- Alimentos ricos em potássio, como banana e batata-doce, que ajudam a equilibrar os líquidos do corpo.
Diminuir o sal e os alimentos ultraprocessados também ajuda bastante, já que o sódio em excesso aumenta a retenção de líquidos.
E fica aqui um alerta importante: se o inchaço vier junto com dor de cabeça, alterações na visão ou aumento repentino de peso, não deixe de procurar o médico, pois pode ser sinal de pré-eclâmpsia.
Alimentos que causam cólica no bebê
Mamãe, já parou para pensar que parte do desconforto do seu bebê pode vir da sua alimentação na gravidez?
O estudo Does maternal diet affect infantile colic mostrou que mães que seguiram dietas ricas em proteínas e consumiram uvas, batatas e limões relataram menos episódios de cólica nos bebês.
Por outro lado, alguns alimentos estão mais associados a esse incômodo e podem causar desconforto intestinal no pequeno.
Entre eles estão:
- Feijão e lentilha;
- Brócolis, couve-flor e repolho;
- Leite de vaca e derivados em excesso;
- Café e bebidas com cafeína;
- Chocolate.
Isso não significa que você precise cortar tudo de uma vez. Cada bebê reage de um jeito e muitas vezes esses alimentos não causam problema algum.
O ideal é observar como o seu pequeno se comporta após as mamadas. Se notar que determinada comida aumenta o desconforto, vale conversar com o pediatra e testar ajustes na sua dieta.
O mais importante é manter uma alimentação na gravidez equilibrada e nutritiva para garantir energia para você e qualidade no leite materno.
Cuidar da alimentação na gravidez é uma forma de se cuidar e também de proteger o bebê. Não existe dieta perfeita, mas sim escolhas conscientes que trazem mais energia, saúde e bem-estar para os dois.
Espero que este conteúdo tenha ajudado a esclarecer dúvidas e mostrado caminhos simples para deixar essa fase mais leve.
Continue acompanhando o CháBaby, porque sempre trago dicas que podem fazer diferença no seu dia a dia de gestante e futura mamãe.


