Quando o bebê demora mais do que o esperado para nascer, ou quando surgem situações que exigem atenção médica, o parto pode precisar de uma ajudinha para começar.
É aí que entra o chamado parto induzido, um procedimento que desperta muitas dúvidas.
Essa forma de dar início ao trabalho de parto acontece em situações específicas e sempre acompanhada pelo médico.
Por isso, mamãe, é importante que você tenha esse conhecimento, seja para se sentir mais tranquila caso precise passar por isso, seja até para compartilhar com alguém que esteja vivendo o mesmo momento.
O que é parto induzido?
O parto induzido é quando o trabalho de parto não começa sozinho e o médico precisa estimular o corpo para que ele se inicie. Isso acontece em situações específicas, sempre com acompanhamento hospitalar.
E sabia que no Brasil cerca de 10,9% dos partos são induzidos? Segundo um estudo publicado na Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (SciELO). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que em alguns países desenvolvidos esse número pode chegar a 25%.
Esses dados ajudam a entender que a indução é um procedimento relativamente comum no mundo todo, usado para garantir segurança quando a gestação precisa de apoio extra para chegar ao desfecho natural.
Como é feito o parto induzido?
O parto induzido é realizado no hospital, sempre com acompanhamento médico e monitoramento da mãe e do bebê.
O objetivo é estimular o corpo a iniciar o trabalho de parto de forma segura.
Existem diferentes métodos que podem ser usados, e a escolha depende de cada caso:
- Ocitocina: é um hormônio aplicado na veia para provocar contrações semelhantes às naturais;
- Prostaglandina: gel ou comprimido colocado na parte íntima para ajudar o colo do útero a amolecer e começar a dilatar;
- Sonda ou balloon: um pequeno balão é inserido no colo do útero e, ao ser preenchido, pressiona a região para estimular a dilatação;
- Ruptura da bolsa: em alguns casos o médico rompe a bolsa amniótica, o que pode acelerar o início do trabalho de parto.
Durante o processo, você fica sob observação para acompanhar os batimentos do bebê, a evolução das contrações e a dilatação.
Pode levar algumas horas até que o corpo responda ao estímulo, e em alguns casos é necessário combinar mais de um método para que o trabalho de parto avance.
Além do parto induzido, existem muitas crenças que cercam esse momento. No blog “Mitos e verdades sobre parto” você descobre o que é fato e o que não passa de história.
O que é melhor, indução ou cesárea?
Essa é uma comparação que muitas mães fazem, mas a resposta nunca é simples.
Tudo depende do quadro da gestação e do que garante mais segurança para você e para o bebê.
A indução costuma ser indicada quando há chance de o parto acontecer de forma normal, mas o corpo precisa de um estímulo para começar.
Já a cesárea entra em cena quando existe algum risco que torna o parto normal inseguro, como problemas na placenta, posição do bebê ou falha da própria indução.
Por isso, não dá para dizer que um é sempre melhor do que o outro. O que realmente importa é a avaliação médica.
Em alguns casos a indução funciona muito bem, em outros a cesárea se torna a melhor escolha.
O importante é confiar no acompanhamento e conversar com o obstetra sobre o que faz sentido para a sua gestação.
Com quantas semanas pode induzir o parto?
A indução costuma ser considerada a partir de 37 semanas, quando o bebê já é considerado “maduro”, ou a termo (entre a 37ª e a 42ª semana de gestação).
O momento exato depende do quadro da gestação e da avaliação do médico.
Algumas situações em que a indução pode ser indicada:
- Gestação prolongada, quando passa de 41 ou 42 semanas sem sinais de parto;
- Hipertensão ou pré-eclâmpsia, para reduzir riscos à mãe e ao bebê;
- Bolsa rota, quando a bolsa rompe, mas o trabalho de parto não começa sozinho;
- Crescimento restrito do bebê, quando ele não está ganhando peso como deveria;
- Diabete gestacional mal controlado, para evitar complicações.
Nesses casos, esperar que o trabalho de parto comece sozinho pode trazer riscos.
Quantas horas dura um parto induzido?
O tempo do parto induzido varia bastante de uma mulher para outra. Em alguns casos o corpo responde rápido aos métodos usados e o trabalho de parto começa em poucas horas.
Já em outras situações, pode levar mais de um dia para que a dilatação avance e o bebê esteja pronto para nascer.
Tudo depende de como está o colo do útero no momento da indução, da resposta às medicações ou técnicas aplicadas e até de gestações anteriores. Por isso, não existe um número exato de horas.
Quais os riscos do parto induzido?
O parto induzido é considerado seguro, mas como qualquer procedimento médico pode trazer alguns riscos.
Entre os principais estão:
- Contrações muito intensas: em alguns casos, os medicamentos podem provocar dores mais fortes do que as contrações naturais;
- Falha na indução: mesmo com as técnicas, o trabalho de parto pode não evoluir e ser necessário optar pela cesárea;
- Infecção: existe risco maior quando a bolsa é rompida artificialmente e o parto demora a acontecer;
- Hemorragia: complicação rara, mas que pode acontecer se o útero não contrair bem depois do nascimento.
Esses riscos são monitorados de perto pela equipe médica, e a decisão de induzir só é tomada quando os benefícios superam as possíveis complicações.
Quais os benefícios do parto induzido?
Quando bem indicado, o parto induzido traz benefícios importantes.
Ele permite que o bebê nasça no momento certo, evitando risco de uma gestação que se prolonga demais ou de complicações como pressão alta e diabetes.
Também dá mais segurança quando a bolsa já rompeu e o trabalho de parto não começou sozinho, reduzindo a chance de infecção.
O ponto central é que a indução ajuda a equilibrar a saúde da mãe e do bebê, oferecendo uma forma de conduzir a gestação até o nascimento de maneira mais segura.
E com isso chegamos ao fim deste conteúdo. Espero que tenha ficado mais claro para você quando o parto induzido pode ser necessário, como é feito e quais cuidados envolvem essa decisão.
Aqui no CháBaby você encontra outros temas que irão te ajudar muito nesse momento.


